A Allumina é uma membrana que faz a função de barreira, celular e bacteriana, no organismo. Nesse sentido, é indicada para a regeneração óssea guiada (ROG), separadamente ou associada aos implantes dentais. A membrana é utilizada na reconstrução óssea para corrigir defeitos dos rebordos, ganho ósseo prévio ou durante a instalação dos implantes dentais.
Propriedades principais da Allumina
A membrana é biocompatível, totalmente oclusiva, tem superplasticidade, ausência de memória e capacidade de encruamento. Como resultado, a barreira enrijece no momento de sua aplicação e na medida desejada pelo cirurgião. A Allumina tem alta capacidade de isolamento direto e indireto (pelos bordos), ou seja, não permite a entrada das bactérias.
Para que serve a membrana Allumina?
A Allumina atua como barreira para regeneração óssea guiada (ROG). Por isso, a barreira isola a área do organismo, faz a recuperação anatômica e auxilia na instalação dos implantes dentais. Além disso, a Allumina retém e protege o coágulo e os enxertos no local do defeito ósseo. Do mesmo modo, a membrana cria espaço para o crescimento do tecido ósseo sem interferir no processo de regeneração. Enfim, a barreira protege o local para ocorrer o processo regenerativo e a osseointegração nos implantes dentais.
Composição e propriedades da barreira
A membrana Allumina é composta de um núcleo de alumínio grau médico, revestido pela cerâmica alumina ou óxido de alumínio (Al₂O₃). Assim, a camada cerâmica externa proporciona biocompatibilidade e histofilia, já o núcleo, as propriedades de plasticidade, adaptabilidade, fixação e isolamento.
Quais são as características da Superfície?
A membrana tem tratamento de superfície semelhante ao dos implantes, tipo SLA- jateamento e ataque ácido. A superfície da membrana é texturizada nas dimensões macro, micro e nano, conferindo ambiente adequado para o contato e o crescimento celular, tanto nas regenerações isoladas quanto associadas aos implantes.
Dimensões da membrana Allumina
A Allumina é apresentada em lâminas de 30 mm X 25 mm e 50 mm x 30 mm. A barreira acompanha uma folha de papel grau cirúrgico para servir de modelo durante a cirurgia.
Barreira autofixável
A Allumina é auto fixável. A barreira adapta facilmente a qualquer irregularidade do local. Além disso, mantém a forma adquirida e se prende ao local à medida que enrijece, isto é, deforma durante a sua adaptação. Assim, a barreira estabiliza, fixa nas irregularidades do rebordo ósseo sem necessidade de dispositivos de fixação (como parafusos ou tachinhas). Consequentemente, a instalação e remoção é mais fácil, diminui os custos e a agressão tecidual dos procedimentos. No entanto, o profissional pode fixar com parafusos e tachas.
Tempo de remover a membrana Allumina
- Tempo mínimo
A membrana permanece pelo tempo que garante o resultado seguro do processo regenerativo. O tempo mínimo de 10 dais é seguro, pois já ocorreu a diferenciação celular e a substituição do tecido de granulação pelo tecido osteoide. O tecido é frágil nesse curto tempo e pode ser perdido, caso não tenha proteção adequada do local. A remoção em curto prazo pode promover prejuízo no processo. Então, nesses casos, remova rapidamente quando houver exposição. Para tal, preserve a área de qualquer agressão com cuidadoso controle.
- Tempo médio
A membrana permanece por 30 dias em condições favoráveis. Garanta segurança nos resultados. Posteriomente, os tecidos estarão mais estáveis, dando início à fase de remodelação. Isto é, a substituição do osso imaturo pelo maduro.
- Tempo ideal
A membrana deve permanecer por 90 dias. Como resultado, o osso regenerado estará organizado. O tecido ósseo torna osso lamelar no processo de remodelação. O tempo de 120 dias a 150 dias garante segurança e estabilidade aos tecidos regenerados (Cruz, 2006; Santos, 2011, Refai et al., 2020). Em síntese, o tempo é avaliado pelo cirurgião considerando o local e a quantidade de tecido solicitado na regeneração.
Variáveis no tempo de permanência
Contudo, o tempo de permanência ideal não é possível em todos os casos, devido a exposição da membrana, instabilidade, deslocamento, contaminação bacteriana e a retração tecidual, entre outras.
Assim, a remoção da Allumina depende das condições locais da área em fase de regeneração. Em primeiro lugar, verifique se há ou não exposição da membrana. A exposição da barreira provoca o profissional fazer a análise da contaminação, movimento da membrana e perda dos tecidos adjacentes.
Definições do tempo e controle das condições
Mantenha a membrana por 10 dias em condições desfavoráveis. Remova a membrana com 30 dias em condições melhores, que permitam manter a membrana no local. Remova a membrana na reabertura dos implantes em condições ótimas, sem expoxição.
Caso não haja exposição da membrana, não é necessária a cirurgia. Remova a membrana conforme objetivo da regeneração. Por outro lado, remova a membrana no momento da instalação dos implantes, quando a regeneração foi preparatória. Remova a barreira na reabertura dos implantes se foi instalada no mesmo tempo que os implantes.
Remova a Allumina com cinco meses quando a finalidade da regeneração foi a instalação de implantes e a estabilidade do osso regenerado está maior, devido ao maior tempo de remodelação do osso formado.
Finalmente, não remova a Allumina em casos desnecessários. A membrana pode permanecer indefinidamente, pois o seu material é biocompatibilidade com o organismo.